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O que é hirsutismo?
O hirsutismo é definido como a presença de pelos terminais na mulher, em áreas anatômicas características de distribuição masculina. Podendo manifestar-se como queixa isolada, ou como parte de um quadro clínico mais amplo, acompanhado de outros sinais de hiperandrogenismo, virilização, distúrbios menstruais e/ou infertilidade.

Quais são as áreas de distribuição masculina dos pelos?
Acima do lábio superior, queixo, peito, costas, parte inferior das costas, superior abdome, abdome, braço e coxa.

Quais são as causas mais comuns de hirsutismo?
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) (70 a 80% dos casos) e o hirsutismo idiopático (de causa desconhecida) são as causas mais comuns do transtorno.

Como é feito o diagnóstico de hirsutismo?
Deve ser realizada uma coleta de dados e análise completa da história da doença atual, do exame físico, sintomas associados (acne, caspa, calvície), antecedentes pessoais e história familiar de algumas doenças e afastar sintomas sugestivos de outros problemas endocrinológicos.
Os exames laboratoriais e de imagem serão solicitados de acordo com as hipóteses diagnósticas apoiadas pela avaliação clínica.

Quais são os sinais e sintomas da SOP?
Ovários com padrão policístico e/ou aumento do volume à Ultrassonografia, ausência ou irregularidade da menstruação, ausência de ovulação, aumento de peso, aparecimento de acne, hirsutismo, queda de cabelo, resistência insulínica (RI) e problemas com a fertilidade.

Qual o melhor tratamento para o hirsutismo?
O tratamento do hirsutismo deve ser baseado no nível de excesso de crescimento dos pelos e na causa do transtorno e inclui alterações no estilo de vida, redução dos níveis dos hormônios masculinizantes (andrógenos), bloqueio periférico de andrógenos e tratamentos cosméticos.

As mulheres com SOP apresentam maior risco de adoecer por outras causas?
Sim. Estas mulheres, em geral, apresentam maior percentual de gordura corporal e adiposidade central (barriga), além de valores mais elevados de testosterona, glicose, insulina, triglicerídeos, colesterol total e LDL. Apresentam ainda aumento do risco cardiovascular mais precocemente do que comparadas às mulheres sem SOP, com o mesmo IMC (índice de massa corporal).

Quais os tratamentos disponíveis para a SOP?
De acordo com a Diretriz Brasileira sobre a SOP, dieta e exercícios físicos representam o tratamento de primeira linha, melhorando a resistência à insulina e retorno dos ciclos ovulatórios, mesmo na ausência de perda de peso. Com o tratamento medicamentoso adequado, cerca de 50% a 80% das pacientes apresentam ovulação e 40% a 50% engravidam. 
Apesar de ser comum, a SOP manifesta-se de diferentes formas nas mulheres e por este motivo seu tratamento deve ser individualizado. Até o momento não foi descoberta a cura para a SOP, entretanto com o controle dos sintomas é possível prevenir os problemas associados. Em casos de suspeita de SOP, procure o seu endocrinologista.