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A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, podendo acarretar graves problemas de saúde, inclusive a morte.

Como é diagnosticada?
Em geral, o diagnóstico de obesidade é dado através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) quando este é igual ou excede o valor de 30.

O IMC é confiável para o diagnóstico?
PESO e GORDURA são coisas diferentes! Podemos ter um IMC elevado, porém com elevado percentual de músculos e baixo percentual de gordura ou podemos ter um IMC “normal” e um elevado percentual de gordura corporal. Deste modo percebemos que o IMC é um método simples, porém com limitações significativas para o diagnóstico e seguimento do tratamento da obesidade. O exame mais indicado para auxiliar o especialista a individualizar o diagnóstico e o melhor tratamento é a Avaliação da Composição Corporal por Bioimpedanciometria (BIOIMPEDÂNCIA).

Quais as principais complicações da obesidade?
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças, como hipertensão, infarto agudo do miocárdio (IAM), derrame cerebral (AVC), diabetes tipo 2, artrose, artrite, refluxo gastroesofágico, câncer de cólon, mama e endométrio, etc. O paciente obeso muitas vezes tem associado quadro de ansiedade, depressão e/ou compulsão alimentar. Nos homens pode haver redução da testosterona, consequentemente da libido e a problemas de ereção. Já nas mulheres, pode ocorrer um aumento relativo no nível dos hormônios masculinizantes, e assim aumento de pêlos, irregularidade menstrual e redução da fertilidade. As chances desses problemas melhorarem e até mesmo resolverem, com uma perda de peso de ~ 10%, são bem grandes.

O que causa a obesidade?
São muitas as causas da obesidade e, diversas vezes em uma única pessoa é multifatorial. O excesso de peso pode estar ligado à hereditariedade, maus hábitos alimentares e/ou a disfunções endócrinas. Por isso, na hora de pensar em emagrecer, procure um endocrinologista.

Como prevenir a obesidade?
A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos ricos em gordura e carboidratos precipitam o aumento do número pessoas obesas, em todas as faixas etárias, inclusive crianças.

Existe hoje um tratamento mais efetivo? E o efeito “sanfona”?
Inicialmente devemos enfatizar o fato de a obesidade ser uma doença crônica e como tal necessita de tratamento contínuo ao longo da vida do indivíduo, com uma dieta equilibrada e atividade física, de no mínimo de 150 minutos por semana. No entanto, ao longo do período por muitas vezes será necessário associar um tratamento medicamentoso, pois os estudos mostram que apenas dieta e atividade física não são suficientes na maior parte dos casos. Desde que a perda de peso não ocorra à custa de “dietas da moda”, laxantes, diuréticos, uso inadequado de hormônios tireoidianos, “termogênicos”, dentre outros, a reengorda após o tratamento adequado não deverá exceder 3 kg, exceto caso haja associado algum transtorno psiquiátrico ou doença endocrinológica e os mesmos não estejam sendo tratados. Vale enfatizar que a atividade física é importante durante o processo de perda de peso, no entanto os estudos mais recentes mostram que ela é fundamental para a manutenção do mesmo.

Há algum medicamento novo no Brasil?
Sim. No início de 2016 foi liberado para o tratamento da obesidade o uso de uma droga já existente no mercado há algum tempo, porém ela inicialmente era indicada apenas para o controle da glicemia e tratamento do diabetes. O que difere no tratamento é a dose do medicamento recomendada para cada doença.

Esta medicação pode ter efeitos colaterais?
Sim. Os efeitos mais frequentes são: náuseas (sensação de enjoo), vômitos, diarréia e constipação.